O Rio de Janeiro dos megaeventos é cenário de um enredo de progresso e desenvolvimento: executivos municipal, estadual e federal alinhados; obras e programas sociais complementares acelerando o tempo da política; euforia com a perspectiva de atenção global ao espaço urbano carioca. A memória que se constrói subterraneamente à narrativa vencedora, contudo, alerta para a produção de escombros e barbárie, para o custo que as remoções, as demolições e as reconfigurações têm para as vidas oprimidas. Resistências se constroem na denúncia da destruição encoberta na fala oficial e elementos se justapõem na formação dos descontentamos que, apesar da euforia, emergem a partir de junho de 2013.